domingo, 22 de agosto de 2010

A verdade de alguns



Quando eu era pequeno eu adorava assistir horário político, sério mesmo, era uma super diversão para mim. Por ser obrigatório para todos os canais abertos, e por eu não ter canais por assinatura na época eu acabava assistindo como sei que todo mundo ou boa parte das pessoas também assistia.



Eu achava engraçado, ou melhor, super engraçado homens e mulheres vestidos socialmente suplicando a mim alguma coisa que eu não entendia. Por quê eles tinham aquele compromisso eu pensava, por quê estavam ali se expondo daquela forma tão ridícula e desesperada, e por quê minha mãe e meu pai encaravam aquela palhaçada com tanta seriedade. Bem, acho legal lembrar de como eu via o mundo naquela época, lembro que se falava muito do FHC e FMI e que eu pensava que um dia eu iria ter de saber sobre isso, ter que entender essas siglas e tudo mais. Lembro que o Paulo Maluf estava promovendo o Celso Pita e em seu tempo de propaganda ele ia vigoroso e eficaz colocar a mão no ombro do Pita e falar "Que se o Pita não fosse um Grande Prefeito, não era mais para votar nele".



Bom, isso ficou gravado na minha cabeça até hoje, pois eu acreditava que para alguém falar algo assim era pelo motivo que confiava mesmo no Pita e que colocava sua mão no fogo por ele. Também sondava a idéia de que se desse errado ele não ia mais ganhar voto nenhum pois ninguém ia ser tão burro. É, eu aprendi que o termo Burro não existe, e o que existe é um coletivo social chamado povo.



Em povo eu derivo a palavra e chego em dois tipos de pessoas que conheci, as que não sabem o o que é uma eleição ou que pelo menos não entendem seu propósito, e as que acham que sabem o que é uma eleição e que vivem reclamando dos políticos e falando que são todos ladrões e etc. Esse segundo grupo é o melhor, e tem uma frase de Maquiavel que o explica, "Desgraça de quem odeia política é ser governado por quem adora". Dai, sempre que se entra em discussões políticas eu faço parte de um terceiro grupo que não citei, o dos que ficam quietos, que param de escutar o segundo grupo e começam a buscar em si mesmos algo a fazer, a filosofar a causa do problema, tentam encontrar a razão para tudo isso sozinhos, sem blá blá blá.



A verdade é que esse terceiro grupo é o mais triste, pois é o grupo que assistia os horários políticos em uma infância cheia de bombardeios da mídia, das pessoas e da família. É um grupo que mesmo quando crianças, sabiam que iriam herdar um mundo de guerras, destruição e poluição. Esse grupo, hoje nestas conversas políticas não fala nada, apenas pensa consigo mesmo e infelizmente chega à conclusão de que a causa, o problema e tudo mais é culpa dos seres humanos.







Nota - Quase esqueci de Lembrar que o Eymael é um democrata cristão.





3 comentários:

  1. Como diz o provébio " herrar é umano ,mas preservar no erro é burrice".Talvez nessa hora o coletivo povo faz jus a sua observação.O povo além de humano é burro.
    Errar no voto é humano,mas preservar no erro é pura burrice.
    Paula

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. kkkkkkkkk
    Esse horário politico esta sem comentarios!!Tiririca, Batoré, Maguila...afff por isso que o Brasil não vai pra frente =/

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